As Crises do Estado Novo
O regime que aos olhos de todos parece ter resistido durante 48 anos sem que nada o abalasse, sofreu na verdade inúmeros abalos até ao dia 25 de abril de 1974. As tentativas de assassinar Salazar pelos anarquistas de esquerda, os golpes da facção de direita ligados a Rolão Preto e as conspirações republicanas dos revilharistas foram alguns dos problemas que o regime enfrentou no período da sua cimentação. O episódio que quase marcou o fim de Salazar seriam as eleições presidenciais de 1958, quando Humberto Delgado proferiu a célebre frase: "obviamente demito-o". Três anos mais tarde, o regime seria vítima de um "golpe palaciano" que pela perspicácia de Salazar viria a ser desmontado mesmo antes de começar e que ficou marcado como a abrilada de 61. O assalto ao Santa Maria, o golpe de Beja ou ainda a crise académica foram corroendo o regime cada vez mais. Porém, viria a ser a Guerra Colonial que, na opinião de alguns autores, ditaria o fim do Estado Novo.

Para ajudar a desmistificar alguns rumores e explicar as dinâmicas políticas, económicas e sociais que o país enfrentava, contámos com a presença dos professores Fernando Rosas e Luís Nuno Rodrigues.